A empresa CTT há muitos anos que tem vindo a desenvolver ações, políticas e documentos transversais interligados com o tema da conciliação, embora com outras designações. Com o horizonte da certificação, procedeu-se à sistematização e reorganização de vários trabalhos dispersos e medidas avulso e à conceção de novos documentos o que, tendo em conta a dimensão da empresa, se revelou um trabalho hercúleo.
No final de 2020, perante um contexto pandémico e um novo paradigma social, emergiram outros tipos de necessidades relacionadas com o bem-estar dos/as colaboradores/as, nomeadamente o apoio às pessoas CTT como um todo, não só na sua dimensão profissional, como também, pessoal e familiar. Conhecer as suas necessidades, preocupações e interesses são fatores que geram valor para a sua produtividade e retenção. Demonstrar uma preocupação real ajuda à sua vinculação, eficácia e eficiência e a que sejam embaixadores/as do bem-estar e equilíbrio na organização. E foi com esta visão de “trabalhar em todas as frentes” que o CEO CTT desafiou a Direção de Pessoas e Cultura a obter a certificação como empresa familiarmente responsável.
Em 2021, em resposta ao desafio proposto, a Direção de Pessoas de Cultura deu início ao processo e constituiu uma equipa de projeto multidisciplinar e interdepartamental. Após a formação de Manager em Gestão da Conciliação, ministrada pela Fundación Másfamilia, a equipa trabalhou afincadamente neste projeto e desenvolveu todas as etapas de acordo com os padrões de exigência requeridos para esta certificação.
Este percurso foi, por um lado, extremamente exigente, mas por outro muito compensador. Os benefícios aportados por esta certificação sempre foram muito claros e desejados por todos os agentes envolvidos, nomeadamente: para o CEO e Comissão Executiva, que colaboraram e apoiaram em todo o processo; para os/as colaboradores/as e chefias de 1ª e 2ª linha que foram envolvidos diretamente e que se revelaram muito entusiastas e disponíveis; para a equipa de projeto efr, com a sua competência e energia contagiante.
Além dos agentes internos, também contribuíram para o sucesso da certificação inicial, várias entidades externas:
• a ACEGE, que foi incansável no esclarecimento de dúvidas, sempre em articulação com a Fundación Másfamilia;
• a Consultora externa XZ Consultores, cujo papel foi fundamental na validação da documentação e realizou a etapa da Voz da Direção com total isenção;
• a entidade certificadora APCER, que com todo o rigor, assumiu uma postura didática e forneceu valiosas sugestões de melhoria.
Concluída a 1ª etapa com a ambicionada certificação efr, dá-se agora início a uma nova realidade na gestão de pessoas, que se antevê mais próxima das reais necessidades dos/as colaboradores/as e, por isso, mais eficaz e mais produtiva.
Manter todos os colaboradores/as envolvidos/as e informados/as é fundamental e por isso criou-se na Intranet CTT, um espaço EFR, onde se comunica e se dá a conhecer o modelo de Gestão EFR, os objetivos e o quanto é importante para todos a certificação da empresa no modelo de Gestão EFR, apelando sempre à participação e sugestões de melhoria. É neste ponto que os CTT, pela sua dimensão e dispersão geográfica, irão realizar um maior investimento para garantir que a comunicação chegará a todos/as de forma eficaz.
Este é um processo que beneficia da participação e do empenho de todos, da Gestão de topo aos colaboradores e colaboradoras abrangidos/as pelo alcance da certificação. O grande objetivo é operacionalizar a virtude do Modelo, mantendo e criando medidas que respondam efetivamente às necessidades e expectativas de todos/as, tendo sempre presente os benefícios da conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar. Através da auscultação aos/às colaboradores/as foi possível aferir que as medidas mais valorizadas são: o Plano de Saúde CTT/Médis, o subsídio de estudos para filhos/as e as parcerias para descontos em produtos e serviços. Quanto às sugestões de novas medidas, as mesmas são mais preponderantes nos pilares da Flexibilidade Temporal e Espacial e Apoio à Família. A recolha de informação junto dos/as colaboradores/as revelou-se fundamental para estabelecer os eixos de atuação: “Queremos construir sorrisos!”.
Este é um caminho de melhoria contínua, cujo foco é melhorar e ir ao encontro das expetativas de todos/as: Gestão, colaboradores/as, stakeholders e, tendo em conta a relevância do papel dos CTT a nível nacional, a sociedade em geral.
Colaboradores/as mais felizes, serão certamente mais comprometidos/as, mais motivados/as mais alinhados/as com os princípios e valores da organização, o que irá impactar de forma positiva no serviço prestado ao cliente, na relação e disseminação de boas práticas de conciliação junto dos stakeholders e no reforço da responsabilidade social corporativa.
Tendo em conta o trabalho que está a ser desenvolvido internamente, é expectável que este modelo de gestão integrada contribua para um maior comprometimento dos/as colaboradores/as e consequente aumento da produtividade e competitividade. Contribuirá, ainda, como um fator de peso na atração e retenção de talentos e de reforço positivo da imagem e confiança corporativas.
Laura Maria Costa
Transformação Pessoas e Colaboração
Gestão de Recursos Humanos, CTT