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11 Jan. 2024

Segurança e eficiência na cadeia de abastecimento: produtos farmacêuticos e dispositivos médicos

Segurança e eficiência na cadeia de abastecimento: produtos farmacêuticos e dispositivos médicos

O controlo eficiente das cadeias de abastecimento de medicamentos e dispositivos médicos assume uma importância crucial na garantia da saúde pública. Estas cadeias representam a linha vital que assegura a disponibilidade contínua e a entrega atempada de produtos essenciais para o tratamento de diversas condições médicas.

É, por isso, essencial que exista uma gestão eficaz de um sistema de abastecimento para minimizar o risco de escassez de medicamentos e promover a equidade no acesso aos cuidados de saúde, garantindo o acesso aos recursos necessários. Adicionalmente, a gestão eficaz das cadeias de abastecimento contribui para a segurança e qualidade dos produtos médicos disponíveis no mercado. A rastreabilidade e o controlo rigoroso desde a produção até a distribuição são fundamentais para prevenir a entrada de produtos falsificados ou de baixa qualidade no sistema de saúde. Esta vigilância constante não só protege as pessoas, assegurando que recebem tratamentos seguros e eficazes, como também preserva a integridade do sistema de saúde como um todo.

A distribuição por grosso de medicamentos é uma atividade importante na gestão integrada da cadeia de abastecimento. Com o aumento da complexidade da rede de distribuição e envolvimento de vários intervenientes, é importante que todos cumpram as orientações europeias e nacionais que auxiliam os distribuidores por grosso a desenvolverem as suas atividades e a evitar a entrada de medicamentos falsificados cadeia de abastecimento legal, assegurando o controlo da cadeia de distribuição e a manutenção da qualidade e da integridade dos medicamentos e dispositivos médicos. 

A especificidade destes produtos torna desafiante a garantia da qualidade, integridade e segurança, já que têm de ser asseguradas diferentes condições de transporte e armazenamento: diferentes substâncias, tipos de acondicionamento, desde comprimidos a xaropes, seringas, prazos de validade distintos e condições de armazenamento (temperatura e humidade).

Neste sentido, foram definidas, pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), as Diretrizes (“Guidelines”), relativas às boas práticas de distribuição (BPD) de medicamentos de uso humano, que descrevem as normas mínimas que um distribuidor grossista deve cumprir para garantir que a qualidade e a integridade dos medicamentos são mantidas ao longo da cadeia de abastecimento. O cumprimento destas guidelines minimiza o risco de contaminação por/de outros produtos, a distribuição do medicamento certo ao destinatário certo num período satisfatório, e ainda a capacidade para encontrar produtos de um eventual lote defeituoso para fins de recolha.

Tem sido crescente a procura de certificações de boas práticas de distribuição por empresas envolvidas na logística e distribuição de medicamentos e dispositivos médicos, refletindo a importância atribuída à segurança, qualidade e eficiência em toda a cadeia de abastecimento farmacêutica. Existem várias razões para esta tendência:

  1. Garantia da Qualidade e Segurança dos Produtos: A certificação de boas práticas de distribuição assegura que as empresas adotam normas rigorosas na manipulação, armazenamento e transporte de medicamentos, contribuindo para evitar a contaminação e a distribuição de produtos falsificados, e promovendo a segurança e a eficácia dos medicamentos.
  2. Cumprimento de Regulamentações e Normas: A indústria farmacêutica está sujeita a regulamentações estritas para garantir a integridade dos medicamentos. A obtenção desta certificação permite que as empresas demonstrem estar em conformidade com requisitos legais e regulamentares, reduzindo o risco de sanções e garantindo a confiança dos reguladores.
  3. Melhoria da Eficiência Operacional: A implementação de boas práticas de distribuição não garante apenas a qualidade dos produtos, promovendo, também, a eficiência operacional. Processos bem definidos e otimizados contribuem para a redução de erros, diminuição de custos operacionais e melhoria da eficácia na entrega dos medicamentos aos destinatários finais.
  4. Credibilidade e Reputação: A certificação de boas práticas de distribuição confere credibilidade às empresas envolvidas na logística farmacêutica. Esta credibilidade é crucial para estabelecer parcerias com fabricantes, distribuidores, e outras partes interessadas.

A certificação de boas práticas de distribuição por uma entidade independente assegura que as empresas responsáveis pela logística e distribuição de medicamentos cumprem aos mais altos padrões de qualidade, segurança e conformidade regulatória, contribuindo para a integridade e confiabilidade de toda a cadeia de abastecimento.

Saiba mais sobre a certificação de Boas Práticas de Distribuição (GDP).

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